Representação do (não-)excecionalismo lusotropicalista: A viagem ao mundo colonial de Maria da Graça Freire

Autores/as

  • Susana Pimenta
  • Orquídea Ribeiro

DOI:

https://doi.org/10.5617/myn.8667

Resumen

Neste artigo, pretende-se indagar sobre a representação do excecionalismo lusotropicalista do “modo de estar português no mundo”, assente na teoria do lusotropicalismo de Gilberto Freyre, na visão da escritora portuguesa Maria da Graça Freire (1918–1993), em particular nas obras A primeira viagem, de 1953 e A terra foi-lhe negada, de 1958, onde se verifica uma oposição dúbia à “exceção” advogada pela retórica lusotropicalista das políticas do império colonial português. Por um lado, confirma-se uma oposição ao lusotropicalismo, isto é, a aptidão “inata” do homem português em se adaptar aos trópicos, em termos humanos, sociais e físicos, cultivando uma “harmoniosa” miscigenação entre as diferentes raças; por outro, verifica-se “uma mixórdia colonial-fascista”, num discurso amenamente politizado e integrado na ideolo-gia colonial do regime do Estado Novo.

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Publicado

2021-03-05

Número

Sección

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